Desde pequenos somos condicionados a seguir um padrão imposto pela sociedade, em que devemos escolher uma profissão, iniciar uma faculdade, encontrar um estágio, trabalhar, dar conta de manter a vida social e saúde mental estável. Essa condição é imposta na maioria das famílias, e faz com que, logo no início da fase adulta, a busca por um emprego ou estágio seja o principal foco da vida de uma pessoa.
O estágio
É nessa fase que o estudante tem sua primeira relação com o mercado de trabalho e com o que escolheu seguir de carreira. Sendo assim, é um momento muito importante de sua vida, já que é na fase do estágio que o jovem percebe se realmente está estudando o que gosta. Uma observação necessária e que proporciona ao jovem conhecer e experimentar várias áreas daquela profissão e escolher o que mais gosta.
A lei
Como todo tipo de trabalho formal tem uma lei que o rege, o programa de estágio não é diferente. A lei 11788/08 foi criada para assegurar que todos os direitos do estagiário fossem cumpridos. Código que é muito importante e garante, por exemplo, que um estudante cumpra somente seis horas diárias, que o trabalho não tenha conflito de horários com os estudos, tenha férias e também uma bolsa remunerada. Ou seja, o estágio além de dar oportunidade inicial no mercado de trabalho, retribui o estudante com experiência.
Currículos e papéis
Talvez a parte que mais assuste os recém ingressados na universidade é o medo da papelada que envolve o início da vida trabalhista. O fato de muitos nunca terem acessado um currículo faz com que os jovens deixem de se aventurar e fiquem sempre no marasmo que envolve o curso. Ou seja, ter aulas e ficar em casa, sem tentar explorar o que a própria universidade tem a oferecer. Para ajudar os estudantes, na internet já é possível encontrar tutoriais de como realizar um currículo e como lidar com todos os papéis que envolvam a conduta do estágio.
Não faço estágio, mas quero trabalhar
O ingresso dos jovens no mercado de trabalho vem aumentando. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de brasileiros trabalhando entre 14 e 17 anos é de 808 mil pessoas. Isso mostra que a busca por um mercado de trabalho é imposta ao jovem desde cedo, seja para próprio sustento ou para ajudar a família em casa. Para ajudar na busca desses empregos, sites como Menor Aprendiz fazem a ponte entre as empresas e os que sonham em entrar no mercado de trabalho, facilitando essa relação. Mas para que não tenha decepções futuras, algo que acredito ser essencial, é que o jovem tenha no emprego algumas orientações básicas como: mundo de trabalho, dicas de comportamento dentre outros ideais.
Como em programas de Jovem Aprendiz, um dos requisitos é que o estudante não tenha trabalhado anteriormente, as empresas devem focar em projetos que instiguem o jovem a buscar empregos melhores no futuro, como cursos, palestras, workshops.
Quanto antes nossos jovens ingressarem nessa vida de trabalho, mais cedo o amadurecimento vem, as responsabilidades serão vistas com outros olhos e a capacidade de entender o que quer do seu futuro, será algo recorrente. Seja em projetos como menor aprendiz ou de estágio, o jovem deve se interessar desde cedo pelo trabalho, mas sempre lembrando que o estudo vem sempre em primeiro lugar.
Gabriella Brizotti, editora da Ilha 1, sobre trabalho na cidade, da edição 56 do Repórter Unesp