Nº 28 – 2015 | Intercâmbio
Desde a infância, vemos globos terrestres, estudamos mapas e aprendemos que somos só um pedaço do que parecem ser mosaicos de países em meio aos oceanos. Em algum momento, muitos sentem a curiosidade por conhecer outras peças dos mosaicos ao obter a percepção de quão pequenos somos dentro do mundo inteiro e o quão pouco exploramos.
No decorrer da vida, admiramos heróis que percorrem longas distâncias: os pássaros, o astronauta, o Super-Homem, aquele tio que manda um cartão postal todo o ano ou o jovem que fugiu com o circo. Viajar se torna um sonho para muitas pessoas e, em alguns casos, é um ideal quase idílico. Nem sempre o foco é um destino específico, o importante é voar longe.
Como a vida real exige mais praticidade do que os sonhos de criança, o desejo de ganhar o mundo pode se aliar a aspirações profissionais e acadêmicas. O intercâmbio age como uma sistematização da vontade ou da necessidade que estudantes ou interessados em algum país específico encontram para ampliar suas fronteiras.
O escritor brasileiro Érico Veríssimo disse, certa vez, que acredita em dois tipos de viajantes: aqueles que viajam para fugir e aqueles que viajam para buscar. No caso do intercâmbio, a ideia do viajante que busca é muito pertinente. Quem faz esse tipo de viagem vai ao encontro de alguma coisa: conhecer ou aprimorar uma língua, se especializar, ter contato com uma nova cultura ou até conhecer mais de si mesmo.
Depois de perceber, em nossa redação, uma equipe formada por estudantes que também sonham em voar e conquistar territórios, somados a outros que já estiveram para além das fronteiras do Brasil, esta edição do Repórter Unesp faz um voo panorâmico sobre a temática do intercâmbio. Além de informações práticas que visam o esclarecimento para quem vai fazer um intercâmbio ou se interessa pelo tipo de viagem, também fazemos algumas paradas em questões que são pouco exploradas pelas formalidades de um edital. Discutimos a adaptação e o choque cultural de brasileiros que vão para o exterior, a forma como o Brasil recebe intercambistas de fora, os destinos mais procurados por estudantes, os impasses econômicos e a depressão pós-intercâmbio. Acompanhe esta edição e não perca nenhuma escala, boa viagem!
Amanda Moura – editora-chefe
amandademouracosta@yahoo.com.br
Flávia Nosralla – editora-adjunta
flavia_nosralla@hotmail.com
NESTA EDIÇÃO:
Programas de intercâmbio facilitam experiências internacionais para diferentes públicos
Troca de bagagens: o intercâmbio e as universidades públicas
Os desafios econômicos de um intercâmbio
Para onde vai o brasileiro que resolve fazer intercâmbio?