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Uma alternativa sustentável para a mobilidade

As bicicletas hoje não são mais apenas um veículo de lazer, mas uma alternativa sustentável e saudável de transporte. Em Bauru, já existem algumas ciclovias, mas o incentivo ainda é pequeno. 

Vamos simular uma situação.Você mora em Bauru próximo à Avenida Getúlio Vargas, um dos poucos lugares da cidade que possui ciclovia. Você decide ir até o Bauru Shopping, localizado na Rua Henrique Savi, uma pedalada de um pouco mais de 3 km e que passa pela ciclofaixa da Getúlio e da Alameda Dr. Otávio Pinheiro Brisolla. 

Bom, até tem uma ciclofaixa, mas ela só é liberada aos domingos, das 8h às 12h – e você corre o risco de dar uma volta e ainda se deparar com um carro estacionado.

Chegando ao shopping, você encontra um bicicletário com 12 vagas onde se podem prender as bicicletas a céu aberto. Ah, e existem aproximadamente 1.700 vagas no shopping para carros, a maioria coberta.

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arte: Isadora de Moura e Lucas Loconte/foto: googlemaps

 

A questão de mobilidade urbana envolvendo veículos não-poluentes é complicada no Brasil, e esse é apenas um exemplo do dia-a-dia bauruense. Bauru entrou para a rota de discussões sobre mobilidade urbana, circulação de veículos e redução de impactos ambientais por gases poluentes com a lei 12.587, de 2012, que criou a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU).  Desde 2011, a cidade tem um Plano de Mobilidade Urbana, cujas diretrizes tratam da questão das ciclovias.

A lei prevê que todo município com mais de 20 mil habitantes elabore um Plano de Mobilidade Urbana até 2015, sob aviso de corte no repasse de verbas, em caso de não cumprimento da norma jurídica.

Segundo João Lança, arquiteto e gerente de transporte coletivo da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru – Emdurb, existe um planejamento de investimento na questão do Plano de Mobilidade feito em conjunto entre a empresa, a Secretaria de Planejamento Urbana e a Secretaria de Obras.

Numa matéria publicada em 20 de maio de 2013 no portal G1, é mencionado o investimento de R$ 700 mil na construção de novos trechos de ciclovia, ampliando os 21 km divididos pelas avenidas Getúlio Vargas, Marcos de Paula Raphael, Edmundo Coube, Moussa Tobias, Nações Norte, Comendador José da Silva Martha e a ciclovia de trabalho que liga o Distrito Industrial ao Núcleo Octávio Rasi.

Lança explica que, na época em que essa matéria foi vinculada, foi feita uma renovação de um aditivo de contrato com uma empresa de ônibus. Esse aditivo tem uma outorga, que é o valor que a empresa paga para poder rodar no município, e era da ordem desses R$ 700 mil. Na época, esse dinheiro seria investido para transporte não motorizado e acabou sendo usado para subsidiar o passe estudante, que havia tido uma redução no valor depois das manifestações que cortaram o Brasil.

Alameda Dr. Otávio Pinheiro Brisola, 8h43: as ciclofaixas são liberadas aos domingos e feriados, e é bem comum do ciclista encontrar carros estacionados irregularmente (foto: Lucas Loconte)

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Dicas para uma pedalada mais saudável

 

 

Reportagem: Lucas Loconte

Produção Multimídia: Isadora de Moura, Lucas Loconte, Breno Paganini

Edição: Isadora de Moura

2 thoughts on “Uma alternativa sustentável para a mobilidade”

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