A educação mediada por instrumentos tecnológicos também permite maior quantidade de alunos

Os avanços tecnológicos surgem como resposta às necessidades da sociedade. Desde uma simples ferramenta de corte, um dispositivo que permite abrir portas a distâncias, impressão 3D, ou até mesmo o mais avançado sistema operacional de computador, tudo o que surge é para viabilizar situações. Dessa forma, a tecnologia nunca é fim, mas sempre intermédio para os objetivos humanos. Não poderia ser diferente na educação, que foi modernizada a partir dos conceitos de EaD e TIC, que respectivamente representam Ensino a Distância e Tecnologia da Informação e Comunicação.

Educação à distância resolve problemas de quem não tem tempo para estudar presencialmente. (Imagem: Laiza Castanhari)

Ensino a distância diz respeito à todo aquele ensinamento onde mestre e aluno estão separados fisicamente e usam a tecnologia para mediar as informações. Já a Tecnologia da Informação e Comunicação refere-se a um conjunto de mídias tecnológicas usadas para um objetivo em comum. Na educação esses recursos são utilizados para proporcionar a conexão das partes envolvidas no processo de informação.

Um exemplo dessa modernidade é a Universidade de Minerva com sede em São Francisco. O projeto foi fundado em 2011, mas as primeiras turmas só tiveram início em 2014 com no máximo 20 alunos de diversos países que têm a oportunidade de cursar uma universidade diferente. As aulas são online e ao vivo, numa ideia de campus itinerante sem uma sede definida. A ideia é que a universidade seja de alto nível, por isso foram selecionados alunos específicos de países diferentes, possibilitando que a interação entre culturas diversas seja um tópico a mais no desenvolvimento da formação dos jovens, além das aulas de conhecimento empírico e análise crítica.

Mariana Feritas, 20 anos passa por uma experiência semelhante. A estudante faz administração à distância na Instituição Anhanguera e diz que se adaptou bem ao curso: “No começo é um pouco estranho. Tinha acabado de sair do colegial onde temos várias regras, uniforme, horário de entrada de saída, mas agora já estou bem acostumada e não me vejo em outra rotina. Tenho aulas online e um tutor disponível para tirar dúvidas”. Sobre a rotina, Mariana conta que é tranquila, mas exige organização: “Eu assisto às aulas rotineiras no horário que é possível pra mim, mas é preciso até criar uma rotina dentro disso, me organizar da melhor forma possível com tarefas para não deixar pra trás. Mas é tranquilo, no geral, por semestre eu só compareço ao campus da faculdade três vezes, na aula inaugural e para dois dias de prova”.

Como Mariana, muitos jovens gostariam de poder optar por uma educação diferenciada, sem aulas presenciais e com tantos compromissos. Entretanto, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), metade dos brasileiros ainda não tem acesso à internet, o que representa uma grande parcela dos jovens. O Ensino a Distância pode ser uma alternativa eficaz para desburocratizar a metodologia de ensino atual, mas ainda não é assertiva no quesito inclusão social.

De todas as áreas do conhecimento, Ciências Sociais Aplicadas são as mais cursadas à distância. (Imagem: Laiza Castanhari)

Reportagem: Giovanna Falchetto

Produção multimídia: Laiza Castanhari

Edição: Bruna Malvar