Nº 35 – 2016 | Ala Psiquiátrica
A Luta Antimanicomial completa 29 anos hoje, dia 18 de maio, mas as reivindicações continuam. O movimento teve um destaque significativo no ano de 1987, com a divulgação da Carta de Bauru, contra os manicômios. O primeiro manicômio no Brasil foi inaugurado em 1830, no governo de Dom Pedro II. Ainda hoje existem hospitais psiquiátricos em funcionamento, mas devem respeitar os direitos e a cidadania dos pacientes.
O movimento antimanicomial defende algumas alternativas aos hospitais psiquiátricos, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), explica a reportagem sobre os novos programas da Reforma Psiquiátrica. As residências terapêuticas também oferecem acolhimento, colaborando para a reinserção social da pessoa.
A temática esbarra na questão da loucura, e então precisaremos discutir questões como: O que é a loucura? Somos normais?
As teorias de Freud e Foucault questionaram a ideia de que a loucura é uma doença mental em meados do século XX, mas ainda hoje há conservadores que defendem os manicômios. O interesse – principalmente econômico – desses segmentos deve ser analisado e o direito das pessoas com sofrimento mental não pode deixar de ser levado em consideração.
Também é curiosa a discussão sobre loucura dentro do contexto social, cultural e econômico em que vivemos, e o número de pessoas com problemas de saúde mental – depressão por exemplo – vem aumentando.
Outros distúrbios psiquiátricos também não são difíceis de serem encontrados. Todos conhecem alguém com depressão, bipolaridade, bulimia, transtorno de personalidade ou diversos outros distúrbios. A esquizofrenia é um deles e os pacientes têm um contato com a realidade de maneira incomum, podendo ver ou ouvir coisas que não existem, ter delírios, sintomas depressivos, entre outras características descritas pela reportagem Tratamento da Esquizofrenia estimula convívio social de pacientes e na Entrevista: Entendendo o que é a esquizofrenia.
Polêmico e negado pela grande mídia, o suicídio é retratado nessa edição. Os veículos de comunicação de forma geral costumam omitir os casos de pessoas tirando a própria vida e isso pode ser muito prejudicial, principalmente a quem sofre de sintomas que indicam possibilidade de suicídio. Se bem apurada, uma reportagem pode esclarecer dúvidas, minar o preconceito e colaborar para o bem estar de todos.
Trataremos, nesta edição, desses e outros assuntos. Inteire-se acerca deles!
Boa leitura!
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Luta antimanicomial completa 29 anos e segue reivindicando
Tratamento da Esquizofrenia estimula convívio social de pacientes
Entrevista | Entendendo o que é a esquizofrenia
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Suicídio: Abordar ou não abordar, eis a questão
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Gabriel dos Ouros – Editor-chefe
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Giovanna Falchetto – Editora-adjunta
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