Igualdade de gênero e sociedade sustentável foram os temas da 5°edição do fórum
Na noite de ontem (09) aconteceu o 5° Fórum Caminhos para a Sustentabilidade. O evento contou com apresentação musical, ciclo de palestras e muito debate. O fórum deveria começar às 19:00, mas acabou tendo um atraso de meia hora por conta da chuva. Esse atraso foi comunicado em todas as redes sociais por nossos repórteres. A cobertura começou às 18:30 pelas redes sociais: no twitter e no instagram.
Antes da abertura do fórum, entrevistamos uma das organizadoras, Carolina Minozzi, que conversou sobre a importância do tema da igualdade de gênero e como ele conversa com a ideia de uma sociedade sustentável. Carol falou também sobre as expectativas em relação ao evento, que deveria contar com 50 pessoas e engajar um amplo debate sobre o tema. A entrevista completa foi feita ao vivo e já está disponível na página do repórter Unesp pelo facebook.
Como esperado pelos organizadores, o evento começou às 19:30. Carolina realizou uma pequena apresentação contextualizando o público (que nesse momento não chegou a 15 pessoas) sobre o tema do fórum e logo passou o microfone para Manu Saggioro, que realizaria a abertura musical.
Manu cantou três músicas: Triste, Louca ou Má, Me Curar de Mim e O Sal da Terra. A cantora frisou a importância do tema e disse que já tinha um compromisso para a mesma noite, mas fez questão de cancelar para participar do Fórum. Assim que acabou a apresentação Manu foi conversar com nossos repórteres e contou um pouco sobre como o tema do evento é algo que deve ser amplamente pensado e debatido.
Padrões de consumo: a igualdade de gênero auxiliando para um mundo sustentável
Enquanto conversamos com Manu, João Guilherme Gois, um dos organizadores e fundadores do Fórum, começou a sua participação no ciclo de palestras. João é antropólogo e naturólogo e discorreu um pouco sobre o tema do padrão de consumo no mundo. Citou dados importantes como o dia da sobrecarga da terra: quando o planeta não consegue repor a quantidade de produtos naturais consumidos pelo homem.
A relação com o tema do evento, igualdade de gênero, e o termo da sociedade sustentável não tinha ficado muito claro. Mas conseguimos uma entrevista com Gois, que nos explicou melhor esse assunto. O antropólogo fez a associação da mulher com o meio ambiente, falando um pouco como tanto o meio ambiente quanto a mulher são a base da sociedade. Infelizmente o vídeo com a entrevista foi cortado devido ao sinal de internet, mas a parte principal da entrevista foi conservada.
Igualdade de gênero e qualidade de vida: como desconstruir a cultura da violência
Carolina Minozzi foi a próxima a comandar o debate. Minozzi, que estuda sobre o assunto da igualdade de gênero há três anos e meio, explicou como a violência contra a mulher envolve tanto homens quanto mulheres. E instigou o debate com uma pergunta: Como promover a igualdade de gênero vai melhorar a nossa qualidade de vida?
Para tentar responder a essa e outras questões, foi a vez de Raquel Cabral comandar a discussão. Raquel é professora da área de comunicação na Unesp, e falou um pouco sobre a necessidade de desconstruir a violência cultural contra homens e mulheres. Segundo ela, as mídias auxiliam para a construção de uma violência de gênero.
Ela citou a Declaração Manifesto de Sevilha para demonstrar que o ser humano não nasce violento, mas que a sociedade o constrói desse jeito. Dessa forma, é preciso construir uma nova realidade em que se comunique pela paz e não pela violência. Em um tom otimista, ela termina falando que a essência do ser humano é colaborativa, visando a paz.
Desconstruir uma cultura de violência é repensar o lugar das coisas: inclusive dos gêneros. Conseguimos uma entrevista com Raquel que explicou mais sobre igualdade de gênero e as atitudes que podem ser evitadas por reforçarem a desigualdade entre os gêneros:
Durante a palestra de Raquel, recebemos uma pergunta pelo instagram. A pergunta “qual o papel da mulher na luta contra a violência?” foi feita pela @jessicasama_ e foi respondida ao vivo pelo instagram. Raquel respondeu falando que o papel de impedir a violência era de ambos os sexos, mas que a mulher poderia contribuir com ações de desconstrução da violência. E deu um exemplo: a mãe que vai para a cozinha e chama a filha para ajudar. Por que não chamar o filho?
5° Fórum Caminhos para a Sustentabilidade: um debate necessário
Enquanto Raquel comandava as discussões, conseguimos conversar com a vice-presidente da OAB, Márcia Negrisoli, que situou a posição da OAB no fórum. Apesar de a ordem apenas ceder o lugar para o evento, Márcia fez questão de frisar que todos os assuntos ligados aos direitos humanos têm lugar na casa do advocacia, que ela também chama de casa da cidadania.
Para terminar o debate, Carla Patrícia, representante do movimento Mães para Diversidade, falou sobre diversidade, preconceito e visibilidade trans. A cobertura desse momento você pode conferir pelo twitter do Repórter Unesp.
Por último, entrevistamos Camila Silveira, uma participante da platéia, que conversou um pouco com a gente sobre sua visão sobre o fórum e os debates decorrentes dele. Ao todo o público não chegou a 20 pessoas, número bem abaixo do esperado pelos organizadores. Esperamos que os próximos fóruns tenham muito mais participação e debate, já que trazem temas extremamente atuais e que influenciam diretamente a vida de todos nós aqui na terra.