Ainda hoje, nada nos fascina tanto quanto o cinema. Os efeitos, as trilhas sonoras, a performance dos atores e atrizes por trás de cada papel, as histórias com as quais choramos, rimos, levamos sustos e deixamos tantas outras emoções nos percorrerem.
Contudo, a grandiosidade do cinema não se resume apenas ao que vemos na tela gigantesca das salas de projeção. Existe todo um universo por trás de cada película, que envolve tramas tão trágicas e impactantes quanto os maiores sucessos de bilheteria de Hollywood. Os efeitos e a mensagem do que é reproduzido pelas empresas cinematográficas em suas salas de poltronas confortáveis se perpetuam por muito mais do que a duração do longa metragem, e podem influenciar e inspirar grupos, movimentos e gerações.
Um exemplo disso são filmes como os da aclamada série Star Wars. O primeiro filme data de 1977, mas o roll de fãs se estende das crianças de hoje em dia aos adultos nostálgicos que assistiram na telona a icônica cena de Luke Skywalker descobrindo que o vilão Darth Vader era na verdade seu pai.
Em 2018, está previsto para ser lançado mais um filme da saga. Muito além das produções cinematográficas, a franquia rendeu estampas para diversos objetos e acessórios de uso pessoal, animações, enfim, passou a fazer parte da cultura de uma sociedade. Não só da cultura, como da economia, estimulada pelo sucesso da franquia, pois tanto os filmes quanto qualquer objeto que leve alguma imagem que faça referência a ela gera lucro, faz girar o capital. Assim também ocorreu e ainda ocorre com diversas outras produções cinematográficas.
Nesta edição da webrevista do Repórter Unesp, vamos trazer à luz os bastidores desse mundo que é a sétima arte. E quando digo bastidores, não me refiro apenas aos diretores, roteiristas, produtores, técnicos de som e imagem e tantos outros profissionais envolvidos na criação de um filme. Faço referência também aos impactos sociais que cada produção carrega consigo.
Dentro do próprio meio cinematográfico, podemos citar as injustiças cometidas contra as mulheres por consequência da mentalidade machista que se esconde por trás da tela – e na sociedade em geral. Remuneração desigual, assédio em todas as suas vertentes e hegemonia masculina em funções superiores são casos que levam muitas atrizes e outras mulheres do meio a se mobilizarem em protesto a tais preconceitos e desigualdades.
Essas e outras questões, como a influência e hegemonia de determinadas empresas sobre a produção e distribuição de filmes – como é o caso de Hollywood no cenário mundial e da Globo Filmes no contexto brasileiro – e a realidade contemporânea do cinema no Brasil e no mundo são temas que você encontrará aqui nesta edição e que te deixarão mais próximo de uma faceta desse universo que ainda é pouco explorada, mas que é cada vez mais exposta e deve ser sempre debatida.
Boa leitura!
A redação.
Editor-chefe: João Paulo Fernandes
Editora-adjunta: Helena Ortega
Gestora de Mídias Sociais: Flávia Magalhães
Confira nesta edição:
- Na boca do povo: uma nova visão sobre a cultura pop
- História do cinema: confira 7 filmes populares que mudaram a sétima arte!
- Oscar: entenda todo o prestígio e como ocorre a crítica cinematográfica da premiação
- Sexismo no cinema: cena clássica nas telas e bastidores
- Mulheres no cinema: do preconceito à representatividade
- Cinema brasileiro: da gênese às premiações internacionais
- Cinema brasileiro é ruim? O crescimento da produção nacional e a influência estrangeira
- Globo Filmes: a supremacia de uma produtora na indústria cinematográfica brasileira
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