O Museu Nacional, localizado na cidade do Rio de Janeiro, contava com várias peças únicas, vindas dos mais variados locais e períodos históricos. Possuía cerca de 700 peças egípcias, fósseis de dinossauros brasileiros, meteoritos, móveis de época e da família imperial. Era um dos maiores museus da América Latina, porém foi fechado em 2015 por falta de verbas. Foi um anúncio do que viria a ocorrer 3 anos depois.
Anos de trabalho e pesquisa de cientistas foram perdidos no incêndio no dia 2 de setembro que acometeu o Museu Nacional, como o professor de história da UFRJ, Antônio Carlos de Lima, que teve sua pesquisa destruída pelo fogo. Estima-se que 90% do acervo total tenha sido queimado, sendo que praticamente toda a ala interna do museu foi perdida, segundo a vice-diretora do Museu, Cristiana Serejo, em entrevistas logo após o incêndio.
Meteorito Bendegó, encontrado em 1784 em Bendegó, interior baiano, e trazido para o Museu em 1888. Foi uma das poucas peças que resistiu ao fogo, por sua composição resistente ao fogo. 
Esquife de Sha-amun-em-su, faraó egípcio. Foi dado de presente para D.Pedro II em 1876, em visita do rei ao Egito, e incorporado ao museu em 1889. 
Peça doada pelos embaixadores do rei Adandonzan ao príncipe D. João IV, em 1811. Datado do século XVIII, foi incorporado ao museu em 1818. 
Maxakalisaurus topai, dinossauro brasileiro de 13m que foi encontrado no Nordeste, datado de mais de 100 milhões de anos atrás. 
Estênio , o Tiranossauro Rex do Museu Nacional. Chegou em 2010 ao museu e era considerado um dos crânios de tiranossauro mais bem conservado do mundo. 
Máscara Tikuna, adquirida em 1945 por Haeckel Tavares e pertencente a coleção “Brasil indígena”. 
Sala do Museu Nacional destinada à arqueologia brasileira. As peças da coleção datam de mais de 30 mil anos A.C. e eram provenientes de muitas tribos indígenas, algumas já extintas. 
Esqueleto de Baleia Jubarte, não datado, retirado da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. A ossada da baleia estava fora do museu, mas retornou este ano para a comemoração dos 200 anos do Museu Nacional. 
Luzia, o fóssil mais antigo da América Latina, datada
de 13 mil anos atrás. Foi descoberta em 1970 em Minas
Gerais e levada ao Museu Nacional para estudos.Imagem
retirada do acervo do site do Museu Nacional.
Imagem da coleção do Antigo Egito do Museu Nacional. A coleção pertenceu ao próprio D.Pedro I e começou a ser estudada pelos museólogos no século XX
Agora, após todas as perdas vividas pelo museu, resta esperar o que vai ocorrer em seu futuro. O Ministério da Cultura já liberou cerca de 10 milhões de reais para a reconstrução do Museu Nacional e o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse que não poupará esforços para reconstruir o Museu. Mas, infelizmente, muito do que se perdeu não tem conserto. Ficará na história. História essa que, a partir dessa tragédia, só pode ser contada através de fotos e imagens dessas antiguidades.
Texto: Lucas Ávila
Imagens: Arquivo Museu Nacional
Edição: César Cabral