O rapper Betin MC e o poeta Emerson Alcalde foram algumas das principais atrações do Sarau do Viaduto
A noite desta sexta-feira (22) estava bem quente quando as pessoas começaram a se aglomerar sob o viaduto que faz o cruzamento entre as avenidas Nações Unidas e Duque de Caxias. 33 graus para ser mais exato. Previsto para começar às 19h00, o Sarau do Viaduto teve um pequeno atraso em seu começo. Pode até ter atrasado, mas contou com performances tão quentes quanto a temperatura que marcavam os termômetros. Com poesias que falavam desde a vida na periferia ao machismo e homofobia, o evento teve o seu encerramento às 22h00.
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“O Sarau do Viaduto reflete um movimento que vem acontecendo há muito tempo numa cena periférica que são os saraus” – explica Renato Franco Bueno, membro da Biblioteca Móvel – Quinto Elemento e um dos organizadores do evento. E a escolha do viaduto vai de encontro a estes ideais. Para ele, isso simboliza a liberdade das ruas e da periferia que vive à margem.
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Renato conta ainda que o sarau teve o seu início no ano de 2015. Desde então, ocorre em todos os anos com o lema de ‘Os carros passam, a poesia fica!’. A inspiração para tudo isto veio de outros grandes saraus e slans periféricos, dos quais se destaca o Slam da Guilhermina em São Paulo.
Bate papo com Betin MC! #ReporterInLoco #ReporterNoSarau Biblioteca Móvel – Quinto Elemento
Publicado por Repórter Unesp em Sexta, 22 de setembro de 2017
Betin MC comenta a respeito da repercussão que acredita que o Hip Hop de Bauru pode ter no Brasil. (Cinegrafista: Maiara Freitas / Repórter: Mariana Soares)
Visita
Se é para falar do Slam da Guilhermina, não tem como não falar de Emerson Alcalde, o seu idealizador. O poeta já percorreu a América Latina, a Europa e o Canadá. Desta vez, o cenário do seu trabalho foi Bauru. Emerson se apresentou no Sarau do Viaduto, onde também pôde vender a coletânea de trabalhos advindos do slam que organiza.
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“Este é um espaço em que as pessoas têm a voz e a possibilidade de falar um texto de algum autor ou um texto autoral. Acho que isso é importante porque valoriza a leitura e a escrita” – comentou Emerson a respeito do sarau. “Eu tô sentindo uma vibe muito boa, pois tem poetas muito bons e com textos muito contundentes . Já as músicas muito parecidas com as de São Paulo” – explicou o poeta com relação a impressão que teve do cenário bauruense.