A sede do Ponto de Cultura Acesso Hip Hop virou um “atêlie de arte de rua” na tarde de quarta feira, 12/11. Enquanto o primeiro andar vibrava ao som dos vinis da oficina de DJ, com o DJ Scratchj, o segundo andar se preencheu com cartolinas, telas, estiletes e muita criatividade. Ali foi o espaço para a realização da oficina de stencil, técnica que aplica desenhos, ilustrações e até fotos através da aplicação de tinta ou aerossol em papel vazado. As imagens podem ser impressas e pintadas em diversas superfícies, desde parede e muros de cimento a tecidos e camisetas.
A técnica tem se tornado cada vez mais popular como um tipo de graffiti por ser de rápida aplicação, baixo custo e simples execução. Foi pensando nessa facilidade de acesso à arte de rua que a oficina de stencil entrou como programação da Semana de Hip Hop 2014. Para Yuri de Freitas, responsável pela oficina, “o stencil é uma forma de fazer graffiti sem ser grafiteiro, de desenhar sem ser artista”.Segundo Yuri, que faz stencil há quase três anos, a intenção era explicar de maneira introdutória o que é o stencil e mostrar que qualquer um pode produzi-lo com ferramentas simples, que vão desde os materiais até os programas disponíveis na internet para editar imagens. “Acredito que a rua é pra todo mundo, e o mais importante é a comunicação mesmo, a forma de se expressar. O stencil pode ser desde uma arte de protesto ou simplesmente uma propaganda”, comenta.
A oficina reuniu jovens na sede do Acesso Hip Hop, em Bauru (Créditos: Carolina Meira)
O stencil é uma técnica popular de arte de rua (Créditos: Carolina Meira)
O instrutor Yuri de Freitas apresentou programas de edição de imagens aos presentes (Créditos: Carolina Meira)
As mulheres compareceram em peso à oficina (Créditos: Carolina Meira)
Para produzir um stencil, alguns materiais utilizados são: estilete, sulfite com impressão, cartolina (Créditos: Carolina Meira)
Cada participante da oficina escolheu a imagem de seu interesse (Créditos: Carolina Meira)
A técnica do stencil também pode ser utilizada para estampas de tecidos e camisetas (Créditos: Carolina Meira)
A técnica do stencil é muito utilizada por artistas de rua que também fazem graffiti (Créditos: Carolina Meira)
Os participantes puderam realizar o processo produtivo de stencil durante a oficina (Créditos: Carolina Meira)
Entre os presentes a maioria eram jovens ou com experiência na cultura de rua ou interessados em conhecê-la melhor. Beatriz dos Santos Benedito, 17, se interesse por graffiti mas nunca tinha feito stencil antes e foi à oficina para saber mais sobre a técnica: “Eu achei muito bacana porque deu pra entender melhor as técnicas, mas daí tem que aprofundar mais, praticar e pegar o jeito”, conta.
Já Maisson Ribeiro, 25, tem quase dois anos de experiências com graffiti e principalmente stencil e lambe-lambe. Ele opina: “Apesar de o stencil ser meio marginalizado, como é a arte de rua em geral, eu acho que não deveria ser. Quanto mais gente chegar pra conhecer, é bom pra espalhar e pra galera perder preconceito, entender que as artes de intervenção urbana têm mensagens pra passar”.
A Semana Municipal do Hip Hop é organizada pelo Instituto Acesso Popular através do Ponto de Cultura “Acesso Hip Hop” e pela Prefeitura Municipal de Bauru, através da Secretaria Municipal de Cultura e tem o apoio cultural da Frente Feminina de Hip Hop de Bauru, Rádio Unesp FM, Niggaz, Oficina Cultural Glauco Pinto de Moraes, Bauru Breakers Crew, Wise Madness, SESC, Portal Participi, Jornal da Cidade, Frente de Hip Hop do Interior Paulista, Rede das Casas do Hip Hop e Black Star Designer e Graffiti.
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