Nº 43 – 2017 | Aspectos da educação no Brasil

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Se um dia enxerguei mais longe, foi porque me apoiei sobre os ombros de gigantes.

A frase que abre esta quadragésima terceira edição do Repórter Unesp foi dita por Isaac Newton, cientista descobridor da Lei da Gravidade Universal, considerado pai da ciência moderna. Trata-se de uma constatação reveladora: se almejamos ver além, é porque queremos algo transformador.

Nesse caso, tão relevante quanto ombros de gigantes, é a educação. Elemento fundamental na formação de uma sociedade mais justa e igualitária, a superação de dificuldades (seja aprender a ler ou calcular a aceleração à qual um corpo é submetido em queda livre) é caminho inerente a qualquer escalada rumo a um novo horizonte.

Motivados por essa relevância, a equipe do Repórter Unesp apresenta um olhar sobre a educação no Brasil. Na ponta da língua de políticos, o tema mais parece ficar guardado para depois no “país do futuro”, expressão do imaginário nacional que inclusive dá nome a uma obra escrita ao final da primeira metade do século XX pelo autor judeu-austríaco Stefan Zweig.

Cientes do presente e preocupados com o futuro, a equipe se dividiu em três blocos temáticos para analisar aspectos da educação brasileira: Economia, Política e Ação.

No primeiro, procuramos ver o lado mercadológico e as questões financeiras que permeiam as decisões de quem precisa estudar. Segundo a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen), as escolas particulares tiveram uma redução de 12% no número alunos que possuíam em 2014. Na hora do vestibular, os dilemas persistem. O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), uma das maiores provas do mundo em número de participantes (mais de nove milhões em 2016), sofreu um reajuste de 20,6% em sua taxa de inscrição em relação ao ano passado. Este bloco abordou também o momento de escolha por cursos superiores.

A política não poderia ficar de fora do debate. Neste segundo bloco, o objetivo foi apresentar discussões atuais e de importante relevância especialmente do setor público. Dessa forma, começamos abordando a mais recente Reforma do Ensino Médio, a qual ainda divide opiniões entre especialistas até mesmo com relação à sua legalidade. Outro ponto que repercute na sociedade diz respeito à inclusão em espaços educacionais. Nossa equipe tratou do tema em dois aspectos. O primeiro com relação às políticas públicas que asseguram o acesso à educação aos diferentes segmentos da sociedade. O segundo, trata das políticas de inclusão para pessoas portadoras de deficiência ao ensino superior.

Por fim, o Repórter Unesp foi ver na prática como a educação pode ser um elemento transformador (os ombros de gigantes, como diria Newton). Neste terceiro bloco, apresentamos formas de socialização e inserção de pessoas em ambientes positivos à sua formação enquanto cidadãos. Fomos conhecer alguns projetos sociais da cidade de Bauru que oferecem formação educacional fora da sala de aula. Outra iniciativa a ser celebrada é a de reeducação em presídios, que reduz penas e aumenta as oportunidades de reinserção para ex-detentos.

Esperamos que você tenha uma boa leitura. Até breve.

Editor-chefe: João Pedro Del Arco

Editora-adjunta: Tatiane Degasperi

Gestor de mídias sociais: Victor Dantas

Nesta edição:

Crise econômica afeta investimentos em educação

Os custos do vestibular

Cursos técnicos: a via rápida para quem precisa de qualificação

As problemáticas da Reforma do Ensino Médio

Políticas públicas e o acesso à educação

Acessibilidade no ensino superior

Projetos sociais e a educação fora da sala de aula

O processo de reeducação de detentos

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